Security Operations Centers (SOC) desempenham um papel crucial na defesa das organizações contra ameaças cibernéticas

Os Security Operations Centers (SOC) desempenham um papel crucial na defesa das organizações contra ameaças cibernéticas. Para executar suas operações de forma eficaz, os SOCs utilizam diversas ferramentas que monitoram, detectam e respondem a incidentes de segurança. No entanto, o que deveria ser uma vantagem tecnológica pode, frequentemente, se transformar em uma sobrecarga. A proliferação de ferramentas no SOC tem gerado desafios significativos para as equipes de segurança, resultando em queixas relacionadas à complexidade operacional, falta de integração e "fadiga de alertas". O uso excessivo de ferramentas não apenas compromete a eficiência, mas também afeta a capacidade de resposta a incidentes críticos. Este artigo explora as queixas mais comuns dos profissionais de segurança sobre a multiplicidade de ferramentas em seus ambientes de trabalho e sugere soluções para mitigar esses desafios.

Uma queixa comum em muitos Security Operations Centers (SOC) é a sobrecarga de ferramentas, o que pode gerar desafios operacionais e impacto na eficiência da equipe. Com diversas ferramentas de segurança, analistas precisam aprender e dominar múltiplas interfaces, o que pode aumentar a complexidade do trabalho diário. Pode resultar em uma curva de aprendizado mais longa, maior chance de erros, e dificuldade em gerenciar todas as ferramentas de forma eficaz. Muitas vezes, as ferramentas não se integram bem umas com as outras, resultando em silos de informações. Isso exige que os analistas alternem entre diferentes plataformas para obter uma visão completa das ameaças, com a falta de integração pode atrasar a detecção e a resposta a incidentes, reduzindo a eficácia da equipe SOC.

Conforme pesquisa da CISO Advisor, as equipes que trabalham em SOCs não estão satisfeitas com as ferramentas atuais de segurança cibernética, segundo estudo publicado pela Vectra: os especialistas observam que o grande número de soluções e a falta de indicadores precisos de comprometimento dificultam a detecção eficaz e a priorização de ameaças reais. Foram entrevistados 2.000 profissionais envolvidos em segurança cibernética ou que influenciam decisões sobre segurança cibernética, em organizações na América do Norte (500), Europa (850), Ásia-Pacífico (400) e Oriente Médio (250).

Com várias ferramentas gerando alertas, muitas vezes em volume excessivo, os analistas podem se sentir sobrecarregados, o que pode levar à "fadiga de alertas" e à possível negligência de alertas críticos. A sobrecarga de alertas diminui a capacidade dos analistas de priorizar e investigar os eventos mais importantes, aumentando o risco de ignorar incidentes graves. Cada ferramenta adiciona um custo em termos de licenciamento, manutenção, treinamento e infraestrutura.

Havendo redundância funcional entre as ferramentas afeta o orçamento da equipe SOC e da organização como um todo, sem garantir um retorno proporcional em eficiência ou segurança. Com múltiplas ferramentas, pode ser complicado consolidar relatórios abrangentes e gerar insights holísticos sobre o estado da segurança da empresa. Isso pode prejudicar a tomada de decisão estratégica, especialmente ao tentar avaliar o panorama geral de ameaças e vulnerabilidades. Avaliar a necessidade de cada ferramenta e tentar consolidar soluções que tenham funcionalidades semelhantes. O uso de plataformas unificadas pode reduzir a complexidade e os custos.

Podemos citar como exemplo as soluções de SIEM (como Splunk ou QRadar) podem agregar diferentes funções, como detecção de intrusões, monitoramento de logs e auxiliar na resposta a incidentes. Investimentos em soluções (ferramentas) que possibilitem integração, como plataformas de SOAR (Security Orchestration, Automation, and Response), que automatizam tarefas repetitivas e integram diferentes ferramentas, como exemplo o uso de uma solução como Cortex XSOAR pode permitir a automação de respostas a incidentes e integração com várias ferramentas, melhorando a coordenação. Um SIEM bem implementado pode centralizar os dados e alertas de diferentes fontes de segurança. Assim, ao invés de usar diversas interfaces, os analistas podem usar o SIEM como ponto central de monitoramento.

Oferecer treinamentos regulares para os analistas dominarem as ferramentas mais críticas. Estabeleça processos claros sobre quando e como usar cada ferramenta, garantindo uma abordagem estruturada. Configurar as soluções (ferramentas) para priorizar e correlacionar os alertas de maior risco. Isso ajuda a reduzir a "fadiga de alertas" e garante que os eventos críticos recebam atenção imediata. Múltiplas ferramentas no SOC podem causar complexidade, fadiga e ineficiência. Ao consolidar, integrar e automatizar processos, é possível reduzir essas queixas e tornar o ambiente de operações mais fluido e eficaz.