Minha jornada no mundo da computação começou de forma especial, marcada pela emoção de um presente inesquecível: o TK85, carinhosamente apelidado de "fusquinha dos micros". Esse pequeno computador pessoal, hoje uma relíquia da década de 80, foi meu primeiro passo em direção ao universo da informática.
Na época, o TK85 era uma febre entre os entusiastas, o micro mais popular de sua era. Apesar de ser um investimento significativo – seu preço começava em Cr$ 150 mil em fevereiro de 1983 – meus pais decidiram apostar no meu futuro e me presentearam com aquele pequeno tesouro.
Por dentro, o TK85 era um clone do micro inglês Sinclair ZX81, mas com melhorias significativas para os padrões da época. Equipado com o processador Z80 de 8 bits, que operava a 3,25 MHz, e uma memória expandida para 16K ou 48K, ele já era considerado robusto para um computador pessoal.
Lembro-me de passar horas fascinado pelas linhas de código BASIC que preenchiam a tela da TV conectada ao TK85. Cada comando digitado era uma descoberta, um passo a mais no entendimento de como a tecnologia funcionava e de como eu poderia usá-la para criar algo do zero.
Não havia interfaces gráficas, apenas o desafio de decifrar e dominar a lógica por trás dos comandos e programas simples. Apesar das limitações, o TK85 abriu as portas para um mundo de possibilidades, inspirando minha curiosidade e consolidando meu fascínio pela tecnologia.
Foi com ele que aprendi que a tecnologia é construída sobre alicerces sólidos – pessoas, processos e ideias que vêm de uma época em que cada bit de memória era valorizado. O TK85 não era apenas uma máquina; era um portal para o futuro que eu estava começando a desbravar.
Hoje, ao olhar para trás, vejo como aquele "fusquinha dos micros" foi essencial na minha formação. Ele me ensinou não apenas a programar, mas também a persistir, a aprender com as limitações e a enxergar o potencial infinito da computação.
Computador: Pessoal TK85 (1983)
Processador: Z80 (8 bits), 3,25 Mhz
Memória: 16 ou 48 Kbytes
Vídeo: TV
Gráficos: 44 x 64 pixeis
Sistema: Basic
Teclado: 40 teclas, com 160 funções
Portas: Expansão, joystick, data in/out
Fabricante: Microdigital (São Paulo,SP)
Àquela altura, o disquete já havia sido inventado. Mas não para o TK: a carga e a gravação de programas eram feitas em fitas cassete, usando-se um gravador de mesa.
O monitor tinha de ser uma TV, colorida ou não. Tanto faz – afinal, a imagem do TK85 era preto no branco.
Para usar o TK85, você tinha que programá-lo primeiro (manual usuário). Você podia usar a linguagem Basic ou arriscar uma programação em linguagem de máquina.
O teclado de borracha não ajudava muito. Sua vantagem era trazer todos os comandos pré-configurados. Em vez de digitar Print, bastava teclar P. Na verdade, cada tecla dava conta de 4 funções.
Se já era limitado para o trabalho, não seria nos jogos que ele se daria bem. Para começar, não havia som – o gerador de áudio era vendido como opcional.
E a tela, com resolução máxima de 44 x 64 pixeis, transformava qualquer desenho em um mosaico de quadradinhos brancos e pretos.
Plataforma: ZX81
Formato: Fita Cassette
Lançamento: Quicksilva
Ano: 1982
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