Arquivos do Mês de Maio 2007
O Grau De Mestre De Marca
Postado Terça-feira, 29 Maio, 2007 as 8:18 PM pelo Ir:. Christian Farias Santos
Uma Pequena Análise Histórica
Os primórdios da Maçonaria estão envoltos nas brumas do tempo e por sua própria estruturação não há relatos escritos, gravados, traçados ou imprimidos. Sendo assim, muito da tradição maçônica está fundamentada por seus grandes autores nos conhecimentos, usos e costumes antigos, e da construção do Templo do Rei Salomão. O Grau de Mestre de Marca não seria diferente fundamentando-se nas Sagradas Escrituras e em obras clássicas antigas.
Os Maçons Operativos estiveram presentes nas Grandes Edificações desde tempos imemoriais. Na ilustração que se segue podemos observar objetos que todo Maçom reconhece prontamente como Ferramentas de Trabalho. ?Trata-se de emblemas funerários sepultados com Sennuten de Tebas, na 20ª. Dinastia, ou seja entre 1200 a. C. e 1090 a. C.? (1). Certamente todos os Maçons de Marca identificam-se com aqueles instrumentos como o seria qualquer Mestre Maçom, pois o Grau de Mestre de Marca é a continuação da caminhada rumo ao conhecimento, tendo como base a vivência maçônica. As três Grandes Luzes lá estão para que não nos esqueçamos jamais de nossas instruções e obrigações.
Abordemos agora a construção do Templo do Rei Salomão de acordo com a tradição haviam 110 mil operários, com Oficiais Superiores que os reconheciam e podiam analisar criteriosamente seu trabalho para que cada um recebesse aquilo que merecesse. Uma parte destes trabalhadores talhava as pedras para a construção do Templo. Na Terra Santa encontramos a pedreira de Sedecias ( em hebraico, Marat Tzidhiyahu), mais conhecida como as ?Pedreiras do Rei Salomão?, é uma caverna profunda sob a muralha da antiga Jerusalém e que se estende até o Monte Moriá onde estava construído o Templo do Rei Salomão, foi redescoberta em 1854. Não se pode precisar em que época foi utilizada mas seu uso como pedreira devido aos diversos blocos inacabados.
A pedra principal lá encontrada, é uma pedra branca chamada Melech ( em hebraico, Rei), ou seja ?pedra real?. Excelente para ser utilizada em construções pois não é muito dura, não descasca e pode-se cortar enormes blocos da mesma. Quando exposta à temperatura ambiente e a luz solar endurece. Podemos tirar daí uma grande lição para nós mesmos. Se formos maleáveis como ela, mantivermos-nos puros e não perdermos nossa honra e nosso caráter, quando finalmente formos expostos à Verdadeira Luz aqueceremos nossos corações e ficaremos firmes em nossa vontade de nos tornar-mos cada vez mais homens melhores.
Fato interessante também é a profundidade da caverna que é de quase 90 metros, sob a superfície, pois o barulho das ferramentas de trabalho não pode ser ouvido no local da construção do Templo, conforme observado por I. H. William C. Blaine, 33º. Grau do R.E.A.A. que correlacionou o fato com o versículo 6:7 do 1º. Livro dos Reis, no Livro das Sagradas Escrituras: ? Na construção do Templo somente blocos talhados na pedreira foram empregados e não se ouviu no local do Templo, durante a construção, nem o barulho do malho, nem o do cinzel e tampouco nenhuma ferramenta de ferro?.
Havia uma bem montada organização funcional afim de que os operários recebessem seu salário de acordo: nove shekels por dia aos Homens da Marca, e vinte e cinco shekels por dia aos Mestres de Marca. Assim concluímos o motivo pelo qual os Companheiros não podiam receber o salário do Mestre de Marca e a punição relacionada ao ato de tentar violar esta convenção. Os Aprendizes recebiam seus pagamentos em trigo, vinho e óleo; Companheiros e Mestres em espécie.
Para certificar-se da perfeita execução do Templo era essencial rígidas condutas organizacionais e sistemas de execução para que os blocos fossem talhados, inspecionados, aprovados e assentados em seus lugares. Os Maçons de Marca aí desempenhavam seu papel fundamental. Cada operário tinha sua própria Marca a qual entalhava ou gravava na pedra talhada que era inspecionada por seu Supervisor que constatando sua excelência colocava sua própria Marca. A pedra então era colocada junto com as demais já aprovadas para avaliação do Mestre Supervisor que após aprová-la, gravava então um triângulo que além da aprovação indicava o local exato de sua localização. A pedra era então içada, instalada em seu lugar e alinhada apenas com um malho de madeira adequadamente em sua posição.
Na Escócia encontramos os mais antigos registros das ?Lojas de Marca?. A mais antiga Atas de Loja, datada de 31 de julho de 1599, da St. Mary´s Chapel Lodge of Edimburgh, está confirmada pela Marca do Vigilante. O velho Livro da Marca, de 1670, pertencente à Lodge of Aberdeen no. 1, é provavelmente o mais antigo registro existente dos Irmãos com Marcas registradas em Loja. Tornar-se um Maçom de Marca era e é uma ocasião importantíssima para um Maçom.
Na Maçonaria especulativa há uma convergência dos pesquisadores da Loja Quatuor Coronati que o ?Rito de Marca ? foi fundado em 1722 não como Rito. Na Inglaterra o mais antigo registro da Maçonaria de Marca data de 1º. De Setembro de 1769, como consta na Ata de Abertura do Royal Arch Chapter of Friendship, presidida pelo Grão-Mestre Provincial, Thomas Dunckerley. Já nos Estados Unidos o fato mais relevante é a formação do The General Grand Chapter of Royal Arch Masons que agruparia os vários Capítulos sob uma só organização, apoiada e encorajada por Thomas Smith Webb e John Hammer. Outro personagem importantíssimo foi William Preston que publicou seu livro Illustrations of Freemasonry de 1772 e Webb em seu Monitor de 1802 credita Preston como fonte de seu material o qual ele modificou para formar os Graus Americanos.
Finalizando, observamos que as Ferramentas Simbólicas são o Malhete e o cinzel ( era com elas que o Pedreiro fazia sua Marca na Pedra); a cor é Púrpura. É obrigatório que cada companheiro crie e registre sua Marca. A Marca era essencial aos Maçons Operativos, pois quando lhe faltava dinheiro, ao tomar um empréstimo, deixava sua Marca como garantia. Ficavam com os encarregados dos pagamentos ou com o Supervisor. De acordo com os Antigos Costumes, isso estava de acordo com o própria tradição religiosa da época. Era um ato fiduciário de fé, que poderia ser ressarcido com o trabalho. As dívidas eram pagas com trabalho quando o Devedor não tinha como honrar sua dívida. Daí a expressão Livre e de Bons Costumes. Quem tinha empenhado sua Marca não era Livre. Não podia ser Iniciado. Ter sua Marca entregue a um Credor era motivo de infâmia para o dono da Marca.
Concluímos que o Grau de Marca é parte essencial do aprendizado Maçônico. Não se trata de um grau de passagem e sim uma sólida base onde o Maçom do Real Arco se fundamenta para continuar em sua busca de esclarecimento.
?Santidade ao Senhor?.
Bibliografia:
1- As Pedreiras de Salomão ? Leon Zeldis ? Editora A Trolha
2-Duncan?s Ritual ? Malcolm C. Duncan ? David McKay Company
3-Maçonaria História e Filosofia ? Ambrósio Peters ? Editora Núcleo
4-O Grau da Marca ? David Mitchell ? Editora Madras
5-Ritos e Rituais Volume 1, 3 e 4 ? Xico Trolha ? Editora A Trolha
6-Dissertação do Companheiro Edgar W. Fentum
Sumo Sacerdote do Capítulo de Pesquisa Golden State, U.D.
Grand Chapter of Royal Arch Masons of California.
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Reconhecimento Potências Regulares aos Grandes Orientes Independentes.
Postado Terça-feira, 29 Maio, 2007 as 7:51 PM pelo Ir:. Christian Farias Santos
Fundamentação de Proposta para o Tratado de Reconhecimento com Potências Regulares aos Grandes Orientes Independentes.
Com o intuito de estabelecer um convívio maçônico pleno de “fato e de direito”, após um bom tempo de pesquisa, relacionamos algumas particularidades no que tange ao Reconhecimento Maçônico Efetivo entre os Grandes Orientes Independentes e as Obediências Co-Irmãs. Observamos que em muitos estados existem Acordos de Reconhecimento, porém não são Tratados de Reconhecimento e Amizade, que de acordo com os usos e costumes maçônicos, são os documentos fundamentais de interação maçônica mundialmente aceitos.
Em primeiro lugar gostaríamos de salientar que o passo inicial obrigatório é estabelecer um Tratado de Reconhecimento e Amizade com as Potências Regulares e Reconhecidas no “Território” de Jurisdição dos Grandes Orientes Independentes ou seja o Grande Oriente do Brasil e a Grandes Lojas Estaduais. Este primeiro passo é essencial para que se prossiga nos Tratados de Reconhecimento e Amizade com Potências Estrangeiras Regulares devido ao Protocolo Maçônico seguido pelas cerca de 200 Obediências Regulares e Reconhecidas no Mundo. Estas Obediências seguem uma tradição secular profundamente ligada a Maçonaria anglo-saxã que é a mais antiga e tradicional Obediência. Neste caso particular citamos o exposto pela Grande Loja Unida da Inglaterra no que tange ao Brasil:
“ Até fins de 1999 a Grande Loja Unida da Inglaterra ( e suas Constituições Irmãs*) reconheciam somente o Grande Oriente do Brasil (GOB) naquele país, embora a maioria das outras Grandes Lojas ( Norte Americanas) as quais preferiam reconhecer as Grandes Lojas Brasileiras Estaduais que operavam conjuntamente ‘ no território do Grande Oriente do Brasil’. Em dezembro de 1999, no entanto, foi reportado que em Outubro de 1999 o GOB tinha pela primeira vez reconhecido uma das Grandes Lojas Estaduais. Ele ‘tinha entrado num estado de mútuo reconhecimento’ com a Grande Loja do Estado de São Paulo e apoiado a solicitação de reconhecimento da Grande Loja para reconhecimento’. Foi comunicado à Grande Loja que:
‘ Este caso traz a exceção estabelecida ao princípio que esta Grande Loja não reconhecerá uma segunda Grande Loja no mesmo território a menos que aquelas Grandes Lojas estejam acordadas sobre o estabelecimento”.
Sendo assim abordaremos agora os Princípios Básicos para Reconhecimento de Grande Loja ou Grande Oriente seguindo o que é estabelecido pelas Obediências Regulares e Reconhecidas:
1- Regularidade de origem: isto é, cada Grande Loja ou Grande Oriente deve ter sido estabelecida de forma legal e devida por uma Grande Loja ou Grande Oriente reconhecido ou por três ou mais Lojas regularmente constituídas.
2-Que a crença no Grande Arquiteto do Universo e Sua Revelação deverão ser uma qualificação essencial para a admissão.
3-Que todos os iniciados prestarão seu Juramento sobre ou em visão total de uma Volume Aberto da Lei Sagrada, pelo qual está representada a revelação do divino que é a ligação da consciência do indivíduo particular que está sendo iniciado.
4-Que a admissão da Grande Loja e Lojas individuais deverá ser composta exclusivamente de homens, e que cada Grande Loja ou Grande Oriente não deverá ter nenhuma relação Maçônica de qualquer tipo com Lojas mistas ou Corpos que admitam mulheres.
5-Que a Grande Loja ou Grande Oriente deverá ter jurisdição sobre as Lojas sob seu controle; isto é, deverá ser uma responsável, independente, organização autônoma, com única e não disputada autoridade sobre a Ordem ou Graus Simbólicos ( Aprendiz, Companheiro e Mestre) sob sua Jurisdição, e não deverá em nenhum caso ser sujeita a, ou dividir sua autoridade com, um Supremo Conselho ou outro Poder clamar qualquer controle ou supervisão sobre este graus.
6-Que as três grandes luzes da Maçonaria (nominalmente, o Volume da Lei Sagrada, o Esquadro e o Compasso) deverão ser sempre exibidas quando a Grande Loja ou Grande Oriente ou suas Lojas subordinadas estão trabalhando, sendo a principal delas o Volume da Lei Sagrada.
7-Que a discussão de religião e política dentro das Lojas será estritamente proibida.
8-Que os princípios dos Antigos Landmarks, costumes e usos da Maçonaria serão estritamente observados.
Alguns outros Princípios constam nas Constituições de algumas Obediências sendo apenas complementares a estes. Esta situação leva-nos a algumas observações sobre a atual situação dos Grandes Orientes Independentes:
A-Não há Tratado de Reconhecimento e Amizade com o GOB e nenhuma Grande Loja Estadual, apenas com outras Obediências que compõem a COMAB e que se encontram na mesma situação.
B-Alguns Grandes Orientes Independentes apresentam Tratado de Reconhecimento e Amizade com o Grande Oriente da França que retirou a obrigatoriedade da crença no Grande Arquiteto do Universo de seus Landmarks. Portanto, não admite o Ítem 2 dos Princípios.
C-Alguns Grandes Orientes Independentes apresentam Tratados de Reconhecimento e Amizade com o Grande Oriente da França, Grande Loja da França, Grande Oriente Lusitano e Grande Loja Nacional Poruguesa que reconhecem no Brasil Obediências irregulares as quais foram alvo de Ato da Assembléia Geral da COMAB em conjunto com o GOB e Grandes Lojas ordenando a não visitação destes membros em nossas Lojas nem mesmo seu reconhecimento.
D-Alguns Orientes Independentes assinaram um Tratado de Organização Maçônica que congrega Obediências Irregulares em nosso país e que possuem Representação na Bélgica associadas a Potências de Outros Países que as reconhecem. Esta Organização representa pequena parcela dos Maçons espalhados pelo mundo, não gozando das prerrogativas de Reconhecimento das Obediências Regulares.
O presente artigo não visa atingir os Irmãos que estabeleceram tais Tratados mas apenas esclarecer aos Irmãos de como nossas Obediências encontram-se atualmente do ponto de vista institucional com as Potências Co-Irmãs Regulares em nosso país e nossa representatividade no exterior. Como forma de atingir o Reconhecimento e Prerrogativas fazemos as seguintes sugestões junto ao Grão-Mestrados e conseqüentemente a COMAB:
1- Revisar os Tratados de Reconhecimento e Amizade com as Obediências com as quais os Grandes Orientes mantém relações bem como estabelecer prioritariamente Tratado de Reconhecimento e Amizade com o GOB e as Grandes Lojas Estaduais.
2-Estabelecer Tratado de Reconhecimento e Amizade com as Grandes Lojas Regulares da América do Sul.
3-Estabelecer Tratado de Reconhecimento e Amizade com a Grande Loja Legal de Portugal reforçando os laços de amizade com aquele país e estabelecendo firmes relações com aquela Obediência para futuros Reconhecimentos das Obediências Regulares no continente europeu.
4-Solicitar o apoio e o auxílio do GOB e das Grandes Lojas Estaduais para o Reconhecimento de nossas Obediências junto às Grandes Lojas Estaduais dos Estados Unidos da América e da Inglaterra com as quais as Obediências Co-Irmãs tem relacionamento.
Desta forma acreditamos que chegaremos a um estado de comunhão jamais vivido pela Maçonaria Brasileira desde a sua fundação tornando documental o grande espírito de fraternidade já vivido pelos Irmãos Brasileiros e aí sim propagando aos quatro cantos do mundo de forma uníssona que efetivamente aqui no Brasil vivemos a verdadeira: “LIBERDADE – IGUALDADE E FRATERNIDADE.”
BIBLIOGRAFIA E FONTES CONSULTADAS.
ARS QUATUOR CORONATORUM- VOLUME 117 – 2004
PRONUNCIAMENTO DO IRMÃO JOSÉ MANUEL ANES – PAST GRÃO MESTRE DA GRANDE LOJA LEGAL DE PORTUGAL, TRANSCRITO PELO IRMÃO DAVID MARTINS, QUE GENTILMENTE AUTORIZOU O USO DE SEU PRONUNCIAMENTO. SITE DO SUPREMO CONSELHO PARA PORTUGAL DOS SOBERANOS INSPECTORES GERAIS DO 33º. E ÙLTIMO GRAU DO R.’. E.’. A.’. A.’.
ARTIGO DO IRMÃO TONY POPE – “ AT A PERPETUAL DISTANCE: LIBERAL AND ADOGMATIC GRAND LODGES” – SITE PIETRE STONES.
SITE DA GRANDE LOJA UNIDA DA INGLATERRA
SITE DA GRANDE LOJA LEGAL DE PORTUGAL
SITE DA GRANDE LOJA NACIONAL DA FRANÇA
SITE DA GRANDE LOJA DA ESPANHA ( AQUI CONSTAM OS FATOS SOBRE O GRANDE ORIENTE ESPANHOL)
SITE DA GRANDE LOJA NACIONAL PORTUGUESA
SITE DO GRANDE ORIENTE LUSITANO
SITE DO GRANDE ORIENTE DA FRANÇA
O presente artigo é uma sugestão pessoal não refletindo as opiniões da Loja, Grande Oriente ou Corporações Filosóficas a que pertenço.
Ir. Christian Farias Santos
ARLS Acácia dos Campos No. 17 – Grande Oriente de Santa Catarina Oriente de Campos Novos
25º. Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito – Supremo Conselho de Santa Catarina do Rito Escocês Antigo e Aceito
Maçom do Real Arco do Capítulo Luz Templária No. 21 jurisdicionado ao Supremo Grande Capítulo dos Maçons do Real Arco do Brasil.
Membro do Núcleo de Pesquisas Maçônicas NUPESMA do Capitulo de Estudos São Paulo º04 Jurisdicionado ao Supremo Grande Capítulo dos Maçons do Real Arco do Brasil.
Membro Correspondente da Loja de Pesquisas “Quatuor coronati” No. 2076 da Grande Loja Unida da Inglaterra.
Membro da “Scottish Rite Research Society” – Sociedade de Pesquisa do Rito Escocês jurisdicionada ao Supremo Conselho dos Estados Unidos da América – Jurisdição Sul.
Membro Nucleo de Pesquisas Maçonicas - NUPESMA
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Aplicativo Criptografia FreeMason Crypto
Postado Quarta-feira, 23 Maio, 2007 as 10:57 PM pelo Ir:. Angelo Andres Maurin Cortes
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Grand Lodge of All England at York
Postado Quarta-feira, 23 Maio, 2007 as 10:26 PM pelo Ir:. Angelo Andres Maurin Cortes
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Peter J Clatworthy
Grand Secretary
Grand Lodge of All England at York
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La cueva del rey Tzidkiyahu (Sedecias), el ultimo rey antes del exilio de Babilonia, y el perro que la redescubrio.
Postado Quarta-feira, 23 Maio, 2007 as 10:06 PM pelo Ir:. Angelo Andres Maurin Cortes
Q. Hr. Les envio a continuacion un articulo que traduje del Hebreo, escrito por el guia de turismo y fotografo Israeli, Ron Peled.
Con un 3abrazo:.Frat:.
Bernardo Miller:. - Haifa - Israel
La cueva del rey Tzidkiyahu (Sedecias), el ultimo rey antes del exilio de Babilonia, y el perro que la redescubrio.
Son pocos los visitantes que llegan a la enorme cueva excavada debajo de lo que es hoy el barrio musulman de Jerusalen, y es una lastima. Las amplias estancias, y el agradable ruido del agua del manantial que corre dentro de la misma, son un buen fondo para los cuentos sobre el rey que huyo por ella, el perro que la reencontro y la Orden misteriosa que realizaba en ella sus ceremonias secretas.
Cien metros hacia el oriente de la Puerta de Schjem (shekkem=Nablus) y por debajo de los muros de la ciudad encontramos una pequeña y modesta puerta de hierro que nos lleva a uno de los lugares mas impresionantes y misteriosos de Jerusalen-la cueva de Tzidkiahu. Esta es la cueva artificial mas grande existente en Israel, 320 metros de largo, y 9.000 m2.de superficie, y, al final, un manantial. En su trayecto pasa por debajo del barrio musulman de la ciudad y llega hasta la "Via Dolorosa", al norte del Monte del Templo.
El nombre de Cueva de Tzidkiahu lo recibio por el cuento que figura en la Biblia, segun el cual, Tzidkiahu, ultimo rey de Yehuda, escapo por ella hacia Jerico (donde fue apresado), cuando los Babilonios al mando de Nabucodonosor tomaron y destruyeron Jerusalen (586 AJC).
(Y acontecio a los nueve años de su reinado, en el mes decimo, a los diez del mes, que Nabucodonosor, rey de Babilonia vino con todo su ejercito contra Jerusalen, y cercola; y levantaron contra ella ingenios alrededor. Y estuvo la ciudad cercada hasta el undecimo año del rey Sedecias. A los nueve del mes prevalecio el hambre en la ciudad, que no hubo pan para el pueblo de la tierra. Reyes II,cap.XXV)
La cueva recibio de Flavio Josefo (historiador judeo romano), el nombre de Cueva de los Reyes, a finales de la epoca del Segundo Templo, y los sabios del Talmud ( S.III DJC) la mencionan en el Talmud de Babilonia (Yirubin SA,B). Rashi (Erudito judio), en su "Interpretacion de la Biblia" relata que existe una cueva enorme que condujo al rey Tzidkihau en su huida de Jerusalen, y en las homilias de los rezos se menciona esta cueva. De acuerdo a una tradicion musulmana del Siglo X, en esa cueva fueron engullidos Ciro y su comitiva.
La cueva fue utilizada como cantera de piedras para la construccion de la ciudad de Jerusalen desde la epoca del Primer Templo. Herodes utilizo piedras de esta cantera para la construccion del Segundo Templo, y se supone que tambien para la construccion del hoy llamado "Muro de los Lamentos" que era un muro de contencion del Monte del Templo. En el siglo XIX se excavaron piedras para la construccion de la "Torre del Reloj" que se construyo al lado de la "Puerta de Jaffa" y que se inauguro en 1904, siendo demolida durante el Mandato Britanico de Palestina.
La entrada a la cueva fue bloqueada aparentemente en el siglo XI por los Fatimidas Egipcios (969-1171 DJC), que temian que por ella entraran enemigos a Jerusalen, y fue redescubierta por casualidad por el investigador norteamericano Berkley en el S.XIX, o, para ser correctos con la historia, por su perro, que se perdio dentro de ella durante uno de los paseos del investigador, y que llevo a este a descubrirla siguiendo los ladridos de su perro.
Los restos de las extracciones, cuadrados y rectangulos, en las paredes y el techo, pueden verse a lo largo de toda la cueva, y, a pesar de que no hay fechas exactas para cada extraccion, pueden reconocerse los metodos utilizados, tanto de la epoca del Primer Templo como de la del segundo. Las piedras de esta cueva son consideradas de las de mejor calidad de la ciudad; por su color blanco parecido al marmol y la facilidad de su moldeado recibieron el nombre de "reina" de las piedras por los canteros de la epoca. La cueva fue llamada tambien "cueva del algodon" (Mearat Alkatan) porque tambien fue utilizada para su almacenamiento.
Camara de los Masones
La entrada a la cueva desciende a un gran recinto llamado "Camara de los Masones". Los ingleses creyeron que de esta cantera saco el rey Salomon las piedras para la construccion del primer Templo, y por eso llamaron a la cueva " Canteras del rey Salomon (King Salomon Quarries), y, teniendo en cuenta que la Orden Masonica cree, entre otras cosas, que el rey Salomon fue el primero y el mas grande de los constructores (de aqui el nombre de la sociedad), encontraron el sitio apropiado para realizar sus ceremonias secretas ya desde 1854, despues de recibir la autorizacion de las autoridades Otomanas. Uno de los participantes de estas ceremonias era el capitan Charles Warren, uno de los mas grandes investigadores de la ciudad de Jerusalen del S.XIX, que fue el primero en trazar un mapa cartografico exacto de la ciudad, y hasta encontro una pintura mural de la epoca Asiria (S.VII-VIII AJC). Warren se vio obligado a abandonar Jerusalen cuando fue nombrado superintendente de la policia de Londres en la epoca de "Jack el destripador".
Cuesta abajo en la cueva fluye el manantial llamado "las lagrimas del rey Tzidkihau", de acuerdo a la tradicion, por la muerte de sus hijos degollados a manos de los Babilonios.
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Registros 24 de Maio
Postado Quarta-feira, 23 Maio, 2007 as 9:48 PM pelo Ir:. Angelo Andres Maurin Cortes
01 - DIA DO DETENTO - Aquele que está detido ou preso.
02 - DIA NACIONAL DO MILHO - Cereal da família das gramínias, cultivado na América e na Europa por causa dos grandes grãos comestíveis, ricos de a mido (O milho é originário da América do Sul e sua cultura exige calor e humidade.É dos grãos do milho que se faz o fubá.
03 - DIA DO VESTIBULANDO - Daquele que enfrenta o concurso para ingresso no curso que se faz após o segundo grau, para admissão na faculdade ou na Universidade.
04 - DIA DO DATILÓGRAFO - Aquele que escreve à máquina, hoje em número bastante reduzido, em virtude da tecnologia do computador.
05 - DIA DE SÃO VICENTE DE LERINS
06 - DIA DA ARMA DE INFANTARIA - Corpo do Exército que constitue o conjunto das tropas que combatem a pé (Motorizada ou não, , mecanizada, aerotransportadora ou páraquedista, a Infantaria assegura a conquista, a ocupação e defesa do terreno).
07 - DIA DO TELEGRAFISTA - Pessoa, que nas Agências telegráficas, transmite ou recebe telegramas.
08 - O reacionário FERNANDO VII reabre a Inquisição na Espanha e fecha as Lojas Maçônicas (1814).
09 - Fundada a GL DO CHILE (1862).
10 - Formado o GRANDE ORIENTE DE ITÁLIA, com a união dos Grandes Orientes de Nápoles, Turim e Palermo, tendo GARIBALDI como Grão-Mestre (1864).
11 - Sir Winston CHURCHILL iniciado na Studholm Lodge nº1591, em Londres (1901).
12 - Fundado o SC DA HOLANDA (1913).
13 - Fundado o GRANDE ORIENTE INDEPENDENTE DO RIO DE JANEIRO (1974).
14 - Outorgada a Carta Constitutiva do SUPREMO GRANDE CAPÍTULO DE MAÇONS DO REAL ARCO DO BRASIL por The General Grand Chapter of Royal Arch Masons International (2001).
Reverências ao Santo do Dia, sentimentos aos Detentos, saudações aos vestibulandos, aos datilógrafos e aos telegrafistas. Reflexões em relação aos demais fatos.
Provérbio em duplo idioma:
Português: Quem pouco tem, na cama o tem.
Francês: Peu de bien, peu de soin.
MEDITAÇÃO:"Não há, absolutamen te, outro caminho para chegar ao verdadeiro poder e à paz duradoura, senão o domínio de si próprio, o governo de si mesmo, a purificação do seu ser." (James Allen)
Maçonaria Informativo para Quem não é Maçom
Postado Sábado, 12 Maio, 2007 as 7:12 PM pelo Ir:. Newton Pontes
Apresentação
Com objetivo de prestar esclarecimento àqueles que se interessam pela Ordem Maçônica, separando-a de tudo aquilo que falsamente lhe tem sido atribuído, mais das vezes com historias fantásticas contadas por pessoas estranhas a Ordem, somando idéias que soam aos ouvidos dos incautos como sendo entidade anti-religiosa que pratica forma de atrocidades, etc.
A Grande Loja do Paraná publica este manual, sob o titulo:
?MAÇONARIA, UM INFORMATIVO PARA QUEM NÃO É MAÇOM?.
Aqui o candidato encontrará os esclarecimentos que lhe proporcionarão uma visão da origem e dos propósitos da Ordem sem necessidade de opiniões alheias, e se realmente é o caminho que tem procurado para realizar-se como homem cumpridor dos deveres para com Deus, Pátria e Família.
INTRÓITO
A Fraternidade de Maçons Antigos, Livres e Aceitos é a mais antiga irmandade e a mais conhecida em todo o mundo.
Literalmente, milhares de livros já foram escritos sobre a Maçonaria, todavia sua organização e sua filosofia são desconhecidas dos não iniciados.
Este livreto foi preparado com o objetivo de apresentar informações corretas para esclarecer ao publico interessado em conhecer a Maçonaria como ela realmente é.
1 ESBOÇO HISTÓRICO
Em sentido amplo, a historia da Maçonaria pode ser dividida em três períodos; o antigo ou lendário; o medieval ou operativo e o moderno ou especulativo.
Segundo alguns historiadores, do período antigo ou lendário, não se tem conhecimento sobre a sua origem, alcança mais ou menos, o século V antes de Cristo, com a construção do TEMPLO DE SALOMÃO.
No primeiro quartel do período medieval, os ?Collegias Fabrorum? do Império Romano deram origem as associações de artífices de mesmas profissões, e na Alemanha, tais entidades foram denominadas de ?GUILDAS? de operários. As associações tinham por escopo guardar os segredos das profissões, e o faziam de modo a serem confiados a poucos, após um demorado tempo de aprendizado.
Naquela época, aos trabalhadores, reunidos em associações ou Guildas, tinham seus serviços contratados para construção de palácios, catedrais, mausoléus, pontes, etc.
Os maçons da idade lendária e medieval são tidos pelos historiadores como maçons operativos, designação oriunda do trabalho manual de muitos, enquanto o trabalho intelectual era privilegio de poucos.
O período moderno ou especulativo surgiu durante o século XVII, quando a construção de catedrais estava em declínio, o que levou muitas GUILDAS de trabalhadores de pedra a aceitar, como membros, pessoas de letras eruditas, que deram outro rumo à Maçonaria, tornando-a especulativa.
Como não eram profissionais da arte da construção, foram rotulados de ?maçons aceitos?.
Como resultado dessa evolução importante, teve inicio a MAÇONARIA, tal como é hoje conhecida. Em 1717, quatro Lojas Maçônicas, que se reuniam em Londres Inglaterra, formaram a primeira Grande Loja do Mundo, a qual passou a credenciar outras Lojas e Grandes Lojas em muitos países.
O erro da maior parte dos escritórios maçônicos consiste na tentativa de basear a historia da Instituição em seu simbolismo. No entanto, a historia da Maçonaria, como a historia do mundo, tem a sua base na tradição.
Com freqüência, os maçons classificam a Maçonaria de ?Instituição Milenar?, porque fazem remontar suas origens há tempos que se perdem na curva enevoada do passado. Contudo, os primórdios da Maçonaria são obscuros, bem como parte de sua historia.
2 A MAÇONARIA NO MUNDO
Há aproximadamente, 10 milhões de Maçons distribuídos por mais de 150 Grandes Lojas existentes pelo mundo. Destas, 27 Grandes Lojas no Brasil congregam mais de 80.000 maçons. Confrontando o numero de Maçons existente3s no mundo, com a população inteira do globo, tem-se uma idéia do grau de seletividade adotado para o ingresso na Ordem Maçônica. Embora sejamos a maior fraternidade do mundo, não igualamos, em numero de adeptos, a qualquer uma das religiões menos difundidas. A força da Maçonaria está na seleção de seus integrantes, escolhidos entre os cidadãos mais expressivos de todos os seus segmentos da sociedade organizada, irmanados num mesmo sentimento de unidade em torno dos ideais mais elevados da humanidade, sem fronteiras de raça, cor ou credo.
3 A MAÇONARIA NO BRASIL
Em nosso país, as primeiras Lojas Maçônicas foram formadas por brasileiros que voltavam da Europa, após concluírem seus estudos superiores, permanecendo até o século XIX sem ligação com qualquer Instituição Maçônica.
Não existem registros históricos confiáveis sobre essas Lojas Maçônicas, todos formadas com objetivos políticos, pelo que, a rigor, pode-se afirmar que não existiam Lojas Maçônicas no sentido amplo da palavra. Apenas a partir de 1822, que a Maçonaria passou a funcionar como tal em nosso país. Não é objetivo deste livreto entrar em detalhes da historia da Maçonaria brasileira, as bibliotecas e livrarias estão bem providas de material informativo sobre o desenvolvimento da fraternidade no Brasil.
4 O QUE É MAÇONARIA
Maçonaria é um movimento filosófico, educativo, filantrópico e progressista que adota a investigação da Verdade, em regime de plena liberdade.
Ela é, portanto, uma sociedade formada por livres pensadores, amantes da cultura moral. Intelectualmente, este é o seu papel principal, E este caráter explica, em grande parte o notável sucesso que conseguiu.
Os ensinamentos maçônicos são ministrados através de rituais que, contém princípios de todas as ?Artes Iniciáticas?, como o hermetismo, a cabala, o simbolismo, além dos conceitos tradicionais sobre as cores, os números e as lendas antigas.
Nos ritos maçônicos fundem-se o simbolismo das Iniciações primitivas, os ensinamentos Rosa-Cruzes dos antigos filósofos, do pitagorismo, dos templários, do judaísmo, do cristianismo, etc., daí a sua riqueza fora do comum, se comparada a outras instituições fraternas.
Em resumo, a Maçonaria é uma escola de sabedoria.
A admissão na Ordem Maçônica não é, pois, um fim, é um começo maravilhoso, mas que exige muito trabalho e dedicação.
A Maçonaria é uma instituição que conserva bem viva certas tradições muito antigas de ensinamentos místicos-iniciativos compostos de rituais simbólicos e de alegorias. O que nela domina é o principio de tolerância para com as doutrinas religiosas e políticas, porque a Maçonaria está acima e fora das rivalidades que as coloca em conflito.
Seus lemas fundamentais são:
- Liberdade-porque o homem que venceu a si mesmo liberta-se da opressão que o escraviza.
- Igualdade ? porque a Maçonaria reconhece que todos os homens nascem iguais. As principais distinções que admite são o mérito, o talento, a sabedoria, a virtude e o trabalho, de cada um.
- Fraternidade ? porque a Maçonaria aspira que a compreensão reine entre seus adeptos; a Fraternidade diminui os males dos povos e aumenta a compreensão e o respeito entre os homens.
Sob este prisma, ela pode ser definida de muitas maneiras, mas uma descrição resumida poderia dizer que é uma sociedade destinada ao esforço conjunto de todos, na busca do aperfeiçoamento individual, uma fraternidade dedicada ao aprendizado e ao culto da arte de viver e à construção do caráter.
Não é um clube, nem uma companhia de seguros ou de socorro mútuo. Não é uma organização destinada a patrocinar fóruns de debates políticos e reformas sociais, e o lucro material não está entre seus objetivos, embora os membros serviços de caridade e obras assistenciais.
Os princípios da Maçonaria são publicamente aclamados, compreendendo. Amor Fraternal, Assistência e Lealdade. Em seus ensinamentos são enfatizados os postulados da mais elevada moral e a prática das virtudes cardeais, proclamadas em todas as eras. Temperança, Fortaleza, Prudência, Justiça, Fé, Esperança e Caridade. Seus princípios éticos podem ser aceitos por todos os homens de bem, e a tolerância para com seus semelhantes é assumida por todos os membros.
5 A LOJA MAÇÔNICA
A célula básica de toda GRANDE LOJA é a Loja Maçônica, chamada por seus membros de ?Loja Simbólica?. É onde a maçonaria atua a nível local, sob a jurisdição de sua GRANDE LOJA. É ali que o Maçom recebe suas instituições, e é nela que são recebidos todos os pedidos de admissão à Maçonaria e onde são conferidos os graus maçônicos.
Em suma, é o lugar ou a reunião em que se congregam os Maçons para um trabalho específico.
6 OS MEMBROS DA MAÇONARIA
A admissão à Maçonaria é restrita a pessoas adultas do sexo masculino, sem limitações quanto à raça, credo e nacionalidade, desde que gozem de reputação ilibada e que sejam homens íntegros.
As informações sobre como entrar para a Maçonaria são fornecidas ao interessado, através de alguém que pertença à Irmandade, porque o Maçom não faz proselitismo entre seus amigos e conhecidos.
Toda indagação deve partir do interessado, desde que seja ele recomendado por um membro da Loja Maçônica. Quando sua solicitação é acolhida favoravelmente pela Loja, o candidato é submetido a escrutínio secreto, ou seja, uma votação, com base nas conclusões sobre sua vida pregressa, sua conduta no lar, no mundo dos negócios, etc.
Nenhum homem, por melhor que seja, poderá ser recebido na Maçonaria, sem o consentimento de todos os maçons. Se alguém fosse imposto à Maçonaria, poderia ali causar desarmonia, ou perturbar a liberdade dos demais, o que sempre deve ser evitado.
7 O PROCESSO DE ADMISSAO DO CANDIDATO
É verdade que existe pré-requisitos para o candidato ser admitido, e esses se referem às normas de conduta do candidato perante a comunidade na qual ele vive. Constatar esse fato não significa, necessariamente, uma investigação.
A aceitação do pedido de filiação depende muito mais da própria declaração de motivos do candidato. A Ordem almeja que o candidato seja sincero perante sua própria consciência, por ocasião do preenchimento da proposta de admissão.
Se o interessado não for sincero em seu pedido de filiação, certamente estará enganando a si mesmo, provavelmente não persistira no caminho da perfeição e não obterá resultados reais. Em conhecimento e desenvolvimento.
8 EXISTE UM GRAU DE ESCOLARIDADE PARA SER ADMITIDO NA MAÇONARIA?
Absolutamente, não é exigido um grau especifico de escolaridade para ser admitido em uma Loja Maçônica. Costuma-se dizer ate que a Loja fica mais completa e equilibrada, quando existe uma diversidade de profissões entre seus membros.
Todavia, as instruções são transmitidas, tambem através da palavra escrita (manuais), por conseguinte, é importante que o individuo não tenha dificuldades para leitura de textos, acessíveis a uma razoável escolaridade.
9 A MAÇONARIA EXIGE O CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES?
É evidente que, ao se iniciar na Maçonaria, o cidadão devera assumir compromissos gerados como conseqüência de sua responsável participação na Instituição. Poder-se-ia exemplificar dizendo que o maçom assume o compromisso de estudar, com mente abeta, as instruções maçônicas, bem como, o de considerar confidenciais os ensinamentos recebidos e contribuir pecuniariamente para manutenção de sua Loja. Em suma, haverá compromissos como existem em qualquer associação humana.
10 A MAÇONARIA POSSUI ASPECTO RELIGIOSO?
Sim, possui aspecto religioso, porque reconhece a existência de um único principio criador, regulador, absoluto, supremo e infinito ao qual denomina GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, contrapondo-se ao materialismo, fator essencial e indispensável à interpretação verdadeiramente religiosa e lógica do UNIVERSO, base da sustentação e diretriz das doutrinas e atividades maçônicas.
11 A MAÇONARIA NÃO É UMA RELIGIÃO?
Não, e não tem a pretensão de tornar o lugar da religião na vida de ninguém. Para ser membro da Maçonaria, o cidadão deve professar uma crença firme em Deus, gozar de boa reputação e ter uma conduta ilibada, independentemente de suas crenças religiosas. O objetivo da Maçonaria é acolher os cidadãos que tenham essas características, ou seja, os bons cidadãos e torna-los ainda melhores melhor amigo, melhor pai, melhor esposo e melhor irmão.
Um bom Maçom é geralmente o melhor membro de sua religião, assim como um bom membro de qualquer religião pode ser um ótimo Maçom. O Maçom vai a sua vida diária, viver sob a Paternidade de Deus, a Fraternidade dos homens e a Imortalidade da Alma.
Vivendo sob a Paternidade de Deus, aprende a melhor cultivar as elevadas virtudes consagradas pela ética e pela moral; aprendendo a viver em função da Fraternidade entre os homens, desenvolve dentro de si o amor pelo seu semelhante, através da prática desinteressada da caridade. Reconhecendo a grande verdade da Imortalidade de sua alma, capacita-se como peregrino neste mundo ao seu destino final, na Eternidade.
12 EXISTE LIGAÇÃO ENTRE A MAÇONARIA E OUTRAS SOCIEDADES DE CUNHO FILOSÓFICO RELIGIOSO OU ESOTÉRICO?
Não!
A Maçonaria, sendo uma sociedade autônoma e independente, identifica-se pela sua Constituição e pelo seu Regulamento Geral, que seguem as tradições das antigas constituições.
É reconhecida através de seus símbolos e emblemas, e principalmente por tratados de reconhecimento mútuo com as demais Potências Maçônicas espalhadas pelo mundo.
Contudo, a Maçonaria observa em relação as demais sociedades fraternais, místicas, filosóficas e religiosas, um relacionamento fraternal de mútuo respeito.
13 OS PRINCIPIOS MAÇÔNICOS PODEM SER DISCUTIDOS?
O maçom e livre para investigar a verdade, portanto, pode discordar ou discutir os princípios maçônicos, notadamente, porque as instruções maçônicas não têm natureza dogmática.
Contudo, enquanto o novo adepto mantiver a condição de aluno iniciante, a atitude mais adequada é a de estudar as regras e filosofia que farão parte do seu ?curriculum?, com imparcialidade e sem preconceitos, sujeitando essas idéias à sua reflexão.
Após tal período, poderá aceitar ou rejeitar os postulados maçônicos, fazendo justiça a si mesmo e à própria Ordem.
Por tal principio, o Maçom é livre para deixar a Ordem sempre e quando e desejar, em que pese que ao abandonar a Maçonaria, estará renunciando a uma grande oportunidade de evolução pessoal e de um convívio fraternal.
Pode-se afirmar, nesta oportunidade, que a sabedoria maçônica não é especifica e estritamente de natureza, cientifica. Pode-se afirmar que ela abrange o conhecimento cientifico, mas o transcende, ou seja, vai além dele, através do uso de uma função cognitiva direta e superior, que se sedimentou através dos séculos, muito tempo antes que fosse objeto de investigação cientifica.
Destarte, os motivos pelos quais os postulados maçônicos não são divulgados destacadamente nos meios de comunicação social são facilmente compreensíveis, porque a corrente principal da sociedade está centralizada nos aspectos exteriores e passageiros da vida; objetivos materiais, políticos, econômicos, etc., enquanto que a Maçonaria tem por escopo o desenvolvimento moral, psíquico e introspectivo do homem.
Depreende-se daquilo que já foi exposto, que a Maçonaria é uma fraternidade, e como tal, existem taxas de registro e contribuição mensal destinadas a cobrir despesas da Loja e do próprio adepto, decorrentes de seu ingresso na Ordem Maçônica.
Sendo Maçonaria uma entidade sem fins lucrativos a contribuição é mantida a nível mais baixo possível.
Assim, a filiação a fraternidade Maçônica não implica em qualquer tipo de sacrifício material entre os seus membros.
É fato incontroverso que uma das finalidades da Ordem é a de implantar sistemática na sociedade humana uma efetiva fraternidade entre os homens, isenta de qualquer discriminação.
Portanto, a Maçonaria propala no sentido de que cada um dos seus membros se esforce para considerar seus irmãos da Ordem como irmãos em Deus, e atue junto a eles com amor, tolerância, compaixão, solidariedade, isenta de sentimentos de superioridade social, sem que isso inclua necessariamente objeções financeiras, a qualquer pretexto.
14 MANEIRA DE VIVER
A maçonaria é, em um resumo, a caridade para com todos. Seus membros procuram viver segundo a regra de outro: ?fazei aos outros aquilo que desejais que vos façam?. Ser maçom é amar o seu país, servir a Deus com reverência, tratar os familiares com brandura e afeto, ter humildade, ajudar os fracos e desvalidos da sorte. Ser maçom é praticar as virtudes cardeais.
Tudo isto, e mais, constitui a Maçonaria como forma de viver, como farol a guiar-nos em todas as nossas ações.
15 COMPROMISSO
Para realizar seus objetivos, a Maçonaria admite, como membro, todo o homem que tenha um elevado senso de responsabilidade, e cuja palavra empenhada seja Lei para ele. Exige sacrifícios, não mais do que qualquer outra atividade que requer de um homem respeito por seus compromissos assumidos. As reuniões da Maçonaria são realizadas em locais denominadas Lojas, pelo menos uma vez por semana, no período noturno, cuja duração não deve ultrapassar duas horas. A família, do Maçom, terá todos os motivos para incentiva-lo a participar sempre das reuniões maçônicas, certa de que sua assiduidade proporcionará uma nova dimensão de viver, que poderá realiza-lo como cidadão, como pai, como esposo, como filho e como Irmão.
Ao tornar-se maçom, o cidadão poderá estar certo de que terá feito uma opção única em sua vida, porque, nas Lojas Maçônicas, estará participando de uma organização que obedece aos princípios de amor a Deus, à humanidade, à Pátria e à Família, pregando e propagando a Tolerância, o Respeito e o Amor Fraternal.
As Grandes Lojas do Brasil consideram indispensável para admissão em qualquer de suas Lojas e para permanência destas sob sua obediência, a formal aceitação dos seguintes fundamentos:
- A crença em Deus;
- O sigilo;
- A indicação de homens maiores de 21 anos;
- A Caridade, a Beneficência e a Educação, como principais meios de combater a ignorância e o erro, em todas as suas formas;
- A investigação da verdade, sem imposição de limites garantindo a liberdade, mediante o exercício da tolerância.
É difícil resumir em tão pouco espaço, tudo o que o maçom aprende sendo da Fraternidade, mais esclarecemos que a Maçonaria ensina seus adeptos a aplicarem, em seu dia-a-dia, os princípios gerais de moralidade e virtude. A participação é restrita aos elementos que preencham os requisitos de padrões de caráter e reputação ilibada.
A Fraternidade não interfere com os deveres que o homem tem para com DEUS, seu País, seu semelhante, sus família e ele próprio, mas, pelo aprendizado, leva-o a viver e praticar os preceitos fundamentais da Organização, proporcionando-lhe uma oportunidade para o aprimoramento pessoal.
Ela ensina um bom homem a tornar-se melhor, melhor pai, melhor marido, melhor irmão, melhor filho, melhor cidadão de seu país.
16 COMO A MAÇONARIA AJUDA O MAÇOM E SUA FAMÍLIA?
Ao contrário de algumas organizações fraternais, a Maçonaria ?Não? é uma sociedade beneficente. Ela proporciona varias oportunidades de assistência, mas o maçom ou sua família deve levar ao conhecimento da Loja as suas necessidades.
A fraternidade mantém muitos programas assistenciais que não são restritos apenas à família do maçom, mas, tais obras assistenciais não são prioritárias no dia-a-dia da Loja. Em primeiro plano, estão o auto-aperfeiçoamento do membro e o bem estar de sua família.
17 A MAÇONARIA NÃO É UMA SOCIEDADE SECRETA
Ao contrário do que muitos acreditam, a Maçonaria não é uma sociedade secreta e não esconde sua existência. Suas Constituições e Estatutos são registrados em cartório de títulos e documentos e publicados em Diário Oficial.
O Maçom novato pode ficar embaraçado por não poder explicar aos seus familiares tudo o que ele presenciou nas cerimônias de seu ingresso. É verdade que temos modos de reconhecimentos, ritos e cerimônias que o mundo não conhece. Por exemplo, sua família, sem dúvida, discute assuntos que não interessam aos vizinhos. Tudo o que existe por escrito nas livrarias pode ser discutido livremente, e existem muitos livros na biblioteca publica que podem ser consultados por quem estiver interessado.
A Maçonaria é secreta apenas no que diz respeito à forma de reconhecerem-se seus membros entre si, e quanto à sua metodologia de ensino, que lhe é peculiar. Não é uma sociedade com segredos, não escondendo sua existência aos olhos do público. Seus princípios, seus objetivos, suas metas, são conhecidos por todos. Os edifícios em que ela funciona são registrados em cartório e a eles têm acesso todos os cidadãos.
A rigor, a Maçonaria não tem mais segredos que uma entidade particular com fins lucrativos, como uma industria ou escritório de advocacia ou um consultório médico.
O trabalho maçônico não é o que se pode chamar de ?frívolo?. É inteiramente sério e, uma vez que o novo membro é admitido, ele recebe instruções que o capacitam a realizar um trabalho em Loja, de natureza confidencial. Isto ele não pode revelar a ninguém.
Para que ele progrida nos graus, deve estar habilitado a executar as tarefas que a Loja lhe confira. Para tanto, ele terá que passar algum tempo reunido com os demais membros, para receber instruções orais.
Nossas Lojas, em sua maioria, reúnem-se uma vez por semana, à noite, além de realizarem outras reuniões extraordinárias, principalmente quando admitidos novos membros à Maçonaria.
18 A PARTICIPAÇÃO FEMININA
A Maçonaria Universal, no que ela tem de essencial nos seus princípios fundamentais, é a pratica da primeira das virtudes: a SOLIDARIEDADE HUMANA.
Todavia a família jamais fica fora das atividades maçônicas. Assim, existem diversas associações maçônicas para as Senhoras, como, a Associação das Acácias etc.
Recentemente começou a funcionar no Brasil a Ordem do Arco Íris que é mantida pela Maçonaria, com o objetivo de formar moças entre 11 e 19 anos.
Neste mesmo aspecto, existe a Ordem DeMolay para jovens do sexo masculino, na faixa de 13 e 21 anos incompletos, com objetivos amplos de formação do jovem, preparando-o para uma vida futura, moldando o seu caráter para uma cidadania plena e responsável.
Em alguns lugares já funciona a Ordem Internacional das Filhas de Jó, tambem para as moças na faixa etária entre 11 e 19 anos.
Estas organizações possuem atividades sociais e ritos próprios, cujo objetivo é aglutinar os jovens desenvolvendo os seus talentos, qualidades e potencial de liderança.
Cumpre esclarecer que, embora essas organizações tenham mérito reconhecido, os demais membros da família não são obrigados a aderir.
A família é para Maçonaria a célula da humanidade. Quem não tem condições morais para ser um bom chefe de família, não pode ser maçom. Quando não se devota ao lar, quando não se preocupa com a família, o Maçom é considerado um traidor, porque está transgredindo os compromissos assumidos.
Todo Maçom está sob constante vigilância da sua consciência e dos demais Maçons. O maçom que vier a saber que um Irmão afastou-se do cumprimento do dever para com sua família, é obrigado a comunicar o fato à Loja.
Quando alguém se candidata a ingressar na Maçonaria, é verificado em sindicância se o candidato dispõe de recursos que lhe permita cumprir os compromissos maçônicos sem sacrificar a família. Enfim, nenhum homem casado poderá entrar para a Maçonaria sem que a esposa esteja de acordo.
19 O QUE PODEMOS FAZER PARA AJUDAR?
O significado e o impacto da maçonaria na vida do homem varia, diferenciando-o do homem comum. A prática dos ensinamentos e princípios é em base estritamente individual. Os princípios maçônicos tem resistido através das eras e são válidos, ainda hoje, como o eram séculos atrás. A Maçonaria é a bondade no lar, a honestidade nos negócios, a cortesia na sociedade, o prazer no trabalho, a piedade e a sincera preocupação para com os desvalidos da fortuna, o socorro aos mais fracos, o perdão para o penitente, o amor ao próximo e, sobretudo, a reverencia a Deus.
Temos a convicção de que, ao entrar para a Maçonaria, todos acrescentarão, ao carinho que por ela tem, os benefícios reais de uma associação cujos princípios morais e éticos têm resistido a prova do tempo. A Maçonaria é, sobretudo, uma maneira de viver e está sempre preocupada com a família.
Nossas portas estão sempre abertas para acolher os membros da família do Maçom e nossos corações estão sempre voltados para seu bem-estar. Através do novo membro da Ordem, que é membro de sua família, ou através do Venerável Mestre de sua Loja, estamos sempre dispostos a atende-los e socorrê-los.
20 ALGUNS MAÇONS NOTÁVEIS
- ALEXANDRE DUMAS
-ALLAN KARDEC
-BARUCH SPINOZA
-BEETHOVEM
-BENJAMIN FRANKLIN
-CAMPOS SALES
-CARLOS GOMES
-CASIMIRO DE ABREU
-CASTRO ALVES
-CHARLES RICHET
-D. PEDRO I
-DEODORO DA FONSECA
-RENÉ DESCARTES
-DUQUE DE CAXIAS
-EMMANUEL KANT
-FLORIANO PEIXOTO
-FRANCIS BACON
-FRANZ LISZT
-GEORGE WASHINGTON
-GERALD FORD
-GIUSEPPE GARIBALDI
-GONÇALVES LEDO
-JEAN JACQUES ROUSSEAU
-JOSÉ DO PATROCÍNIO
-MOZART
-NILO PEÇANHA
-PRUDENTE DE MORAIS
-QUINTINO BACAIÚVA
-RODRIGUES ALVES
-RUY BARBOSA
-THEODORE ROOSEVELT
-THOMAS JEFFERSON
-VICTOR HUGO
-GEORGE VIII, DUQUE DE WINDSON.
Atendendo a solicitação de algumas Grandes Lojas, que identificaram na presente monografia uma forma de esclarecer aqueles que si interessam pela maçonaria, a Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, publica mais uma vez ?Maçonaria ? Um informativo para quem não é maçom?, de autoria da Grande Loja do Paraná.
Republicado por autorização da Grande Loja do Paraná.
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Baruch Espinoza...
Postado Terça-feira, 08 Maio, 2007 as 11:11 PM pelo Ir:. Angelo Andres Maurin Cortes
Se queres que o presente seja diferente do passado, estuda o passado.
Baruch Espinoza (Filósofo Holandês, 1632 - 1677)
M...arl B...oro
Postado Sábado, 05 Maio, 2007 as 7:55 PM pelo Ir:. Angelo Andres Maurin Cortes
Quem foi Albert Mackey?
Postado Sábado, 05 Maio, 2007 as 7:40 PM pelo Ir:.
Alguns autores e obras são citados constantemente na maioria dos livros pela sua importância cronológica e, mais ainda, pela contribuição imprescindível que deram na organização de nossa instituição. Poderíamos mencionar os trabalhos eternos de Joseph Paul Oswald Wirth, Robert Freke Gould, George Kloss, William Hutchinson, René Guénon, Wilhelm Begemann, Eliphas Levy, Alec Mellor. A obra de Albert Gallatin Mackey, possivelmente, o mais citado de todos os autores, fato este que se deve a especificamente um de seus legados.
O americano Albert Gallatin Mackey talvez tenha sido o mais importante historiador e jurista maçônico que aquela nação já produziu. Segundo seus próprios compatriotas, até hoje não se avaliou adequadamente as conseqüência que seus trabalhos tiveram sobre a maçonaria, não só americana, mas também de todo o mundo.
Dos Irmãos Americanos que conquistaram fama internacional no mundo maçônico, vários foram escritores cujos trabalhos ajudaram na formação e na extensão da luz maçônica, dentre estes nenhum escreveu tão volumosamente como o fez Mackey.
Nascido em 12 de março de 1807 na cidade de Charleston no estado americano da Carolina do Sul, Albert Mackey graduou-se com honras na faculdade de medicina daquela cidade em 1834. Praticou sua profissão por vinte anos, após o que dedicou quase que completamente sua vida à obra maçônica.
Recebeu o grau 33, o último grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, e tornou-se membro do Supremo Conselho onde serviu como Secretario-Geral durante anos. Foi nesta época que ele manteve uma estreita associação com outro famoso maçom a americano, Albert Pike.
Participou como membro ativo de muitas lojas, inclusive a legendária “Solomon's Lodge No. 1,” (http://www.solomonslodge.org/main.htm), fundada em 1734, que é, ainda hoje, a mais famosa e mais antiga loja operando continuamente na América do Norte. Ocupou inúmeros cargos de destaque nos mais altos postos da hierarquia maçônica de seu país.
Pessoalmente o Dr. Mackey foi considerado encantador por um círculo grande de amigos íntimos. Seu comportamento representava bem o que, entre os americanos, é chamado de cortesia sulista. Sempre que se interessava por um assunto era muito animado em sua discussão, até mesmo eloqüente. Generoso, honesto, leal, sincero, ele mereceu bem os elogios e qualificações que recebeu de inúmeros maçons de destaque.
Um revisor da obra de Mackey disse que, como autor de literatura e ciência maçônica, ele trabalhou mais que qualquer outro na América ou na Europa. Em 1845 ele publicou seu primeiro trabalho, intitulado Um Léxico de Maçonaria, depois disto seguiram-se: “The True Mystic Tie” 1851; The Ahiman Rezon of South Carolina,1852; Principles of Masonic Law, 1856; Book of the Chapter, 1858; Text-Book of Masonic Jurisprudence, 1859; History of Freemasonry in South Carolina, 1861; Manuel of the Lodge, 1862; Cryptic Masonry, 1867; Symbolism of Freemasonry, and Masonic Ritual, 1869; Encyclopedia of Freemasonry, 1874; and Masonic Parliamentary Law 1875.
Mackey esteve até o fim da vida envolvido com a produção de conhecimento maçônico. Além dos livros citados ele contribuiu com freqüência para diversos periódicos e também foi editor de alguns. Por fim, publicou uma monumental “History of Freemasonry”, que possui sete volumes. Um testemunho da importância e popularidade que os livros escritos por Mackey têm é o fato de que muitos deles são editados até hoje e estão à venda em livrarias, inclusive pela Internet.
Para quem tem habilidade de leitura em inglês, é possível ler um livro inteiro de Mackey disponível na internet. O título "Symbolism of Freemasonry” ou o Simbolismo na Maçonaria, de 364 páginas, que pode ser encontrado no seguinte link: http://www.hti.umich.edu/cgi/t/text/text-idx?c=moa;idno=AHK6822. Dos muitos trabalhos que o Dr. Mackey legou à posteridade, um julgamento quase universal identifica a “Encyclopedia of Freemasonry” como a obra de maior importância. Anteriormente a publicação deste livro não havia nenhum de igual teor e extensão em qualquer parte do mundo. Esta obra teve muitas edições e foi revisada várias vezes por outros autores maçônicos.
A contribuição de Mackey para o pensamento e leis maçônicas, produto de sua mente clara e precisa, é tida como de fundamental importância. Praticamente toda a legislação maçônica fundamental é hoje interpretada com base em alguns de seus escritos. É verdade que algumas de suas obras contêm enganos, mas o conjunto é de extremo valor e, em particular, um trabalho tem especial destaque no mundo todo. A compilação feita por ele dos marcos ou referenciais básicos da maçonaria é adotada como fundamento em vários ritos e obediências. Estamos falando aqui dos tão mencionados e conhecidos “Landmarks”.
A primeira vez em que se fez menção à palavra Landmark em Maçonaria foi nos Regulamentos Gerais compilados em 1720 por George Payne, durante o seu segundo mandato como Grão-Mestre da Grande Loja de Londres, e adotados em 1721, como lei orgânica e terceira parte integrante das Constituições dos Maçons Livres, a conhecida Constituição de Anderson, que, em sua prescrição 39, assim, estabelecia:
"XXXIX - Cada Grande Loja anual tem inerente poder e autoridade para modificar este Regulamento ou redigir um novo em benefício desta Fraternidade, contanto que sejam mantidos invariáveis os antigos Landmarks..."
A tradução da palavra Landmark do inglês para o português resulta no substantivo "marco", que, caso consultemos o dicionário Aurélio, tem o seguinte significado: marco [De marca.] S. m. 1. Sinal de demarcação, ordinariamente de pedra ou de granito oblongo, que se põe nos limites territoriais. [Cf. baliza (1).] 2. Coluna, pirâmide, cilindro, etc., de granito ou mármore, para assinalar um local ou acontecimento: o marco da fundação da cidade. 3. Qualquer acidente natural que se aproveita para sinal de demarcação. 4. Fig. Fronteira, limite: os marcos do conhecimento.
Estas definições exemplificam bem o contexto no qual o termo Landmark é utilizado, além de fazer uma referência quase explícita às origens operativas da maçonaria, quem já construiu algo em alvenaria sabe que a fixação dos marcos é um dos primeiros momentos da obra e um passo fundamental para a sua execução. Sem marcos bem estabelecidos fica muito difícil a obra ser bem executada.
Os Landmarks, que podem ser considerados uma "constituição maçônica não escrita", longe de serem uma questão pacífica, se constituem numa das mais controvertidas demandas da Maçonaria, um problema de difícil solução para a Maçonaria Especulativa. Há grandes divergências entre os estudiosos e pesquisadores maçônicos acerca das definições e nomenclatura dos Landmarks. Existem várias e várias classificações de Landmarks, cada uma com um número variado deles, que vai de 3 até 54. Virgilio A. Lasca, em "Princípios Fundamentales de la Orden e los Verdaderos Landmarks", menciona uma relação de quinze compilações.
As Potências Maçônicas latino-americanas, via de regra, adotam a classificação de vinte e cinco Landmarks compilada por Albert Gallatin Mackey. Deve-se a isto a frequência com que o Mackey é mencionado também entre nós.
Segundo estudiosos do assunto, a compilação de Mackey teve sucesso por que conseguiu ir ao passado e trazer as tradições e costumes imemoriais à prática maçônica moderna. Este trabalho estabeleceu a ordem em meio ao caos, fornecendo um ponto de partida para os juristas e legisladores maçônicos que o seguiram.
Fato é que o grande trabalho de Mackey em jurisprudência, e mesmo o que se estende além dos Landmarks ou da jurisprudência, sobreviveu ao teste do tempo. Ainda hoje ele é freqüentemente citado como uma autoridade final. Suas contribuições tiveram, e ainda tem, um efeito profundo e permeiam grande parte do pensamento maçônico moderno. Ao criar sua obra, este autor, estava na realidade criando os marcos sobre os quais foi possível edificar grande parte do conhecimento maçônico que se produziu posteriormente.
Albert Gallatin Mackey passou ao oriente eterno em Fortress Monroe, Virgínia, em 20 de junho de 1881, aos 74 anos. Foi enterrado em Washington em 26 de junho, tendo recebido as mais altas honras por parte de diversos Ritos e Ordens. Hoje existe nos Estados Unidos uma condecoração, a “Albert Gallatin Mackey Medal” , que é a mais alta condecoração concedida a alguém que muito tenha contribuído para a causa maçônica.
Bibliografia:
1-Publicação da Aug.'. Resp.'. Loj.'. Simb.'. São Paulo nº 43. (http://www.lojasaopaulo43.com.br/publicacoes.php)
2-Publicação da Gran.'. Loj.'.Maç.'.do Estado da Paraíba. (http://www.grandeloja-pb.org.br/legis_landmarks.htm)
3-The Grand Lodge of Free and Accepted Masons of the State of California
4-Landmarks of Freemasonry (http://freemasonry.bcy.ca/grandlodge/landmarks.html)
5-Os "Landmarks" (http://members.tripod.com/~gremio_fenix/landmarks.html)
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I SEMINÁRIO GERAL DE RITUALÍSTICA DOS SEIS RITOS DO GOSP
Postado Sábado, 05 Maio, 2007 as 12:02 AM pelo Ir:. Petri
Atendendo a antigo anseio de muitos irmãos, com a prestigiosa presença do Eminente Grão Mestre Cláudio Roque Buono Ferreira e o apoio da Grande Secretaria de Cultura e Educação Maçônicas, realizaremos, pela primeira vez neste Oriente, o evento maçônico:
I SEMINÁRIO GERAL DE RITUALÍSTICA DOS SEIS RITOS DO GOSP
DIA 19 DE MAIO DE 2007 ? SÁBADO
INÍCIO: 08h30 ? ENCERRAMENTO:17h00
SALÃO NOBRE DO GRANDE ORIENTE
RUA SÃO JOAQUIM, 457 ? LIBERDADE
A trilogia maçônica LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE ? tão expressiva que dela se valeu a Revolução Francesa de 1789 para traduzir seu anseio libertário ? está presente no Grande Oriente do Brasil, pela convivência harmônica de nada menos que seis Ritos distintos. Distribuídos pelas cerca de 700 Lojas da Obediência no Estado de São Paulo, Oficinas dos Ritos Adonhiramita, Brasileiro, Escocês, Moderno, Schroeder e de York reúnem seus obreiros e se dedicam, a seu modo, a ?elevar templos à virtude e a cavar masmorras ao vício?. Com certa freqüência, têm se reunido em Seminários de seus Ritos, em datas e locais distintos uns dos outros.
Pela primeira vez, entretanto, a Grande Secretaria de Orientação Ritualística vai realizar um SEMINÁRIO GERAL DOS SEIS RITOS DO GRANDE ORIENTE DE SÃO PAULO, propiciando aos irmãos que se interessem pela ampliação de sua cultura maçônica, a oportunidade de conhecer a essência de cada um desses importantes segmentos de estudos e prática da Sublime Instituição. Ao longo do dia, cada Pod.: Ir.: Grande Secretário Adjunto terá um espaço de tempo para apresentar os princípios essenciais que identificam seu Rito.
Todos os Irmãos que se inscreverem previamente na Secretaria do GOSP receberão Pasta e Certificado de Participação. A taxa de inscrição tem o valor simbólico de R$ 10,00 e dá direito a esse material e ao ?brunch? que será servido às 12h15.
DIA 19.05.07 ? SÁBADO = PROGRAMAÇÃO
08h00 - 08h30 ? Recepção e Credenciamento dos Participantes.
08h30 - 08h45 ? Ingresso no Templo Piratininga e preparação.
09h00 - 09h15 ? Instalação solene dos trabalhos do I Seminário.
Em.: Gr.: Mestr.: Cláudio Roque Buono Ferreira
09h20 - 10h00 ? ?O RITO ADONHIRAMITA? ? A cargo do Pod.: Secr.:
Adj.: Ir.: Raymundo D?Elia Júnior
10h00 ? 10h15 ? Perguntas e respostas.
10h20 ? 11h00 ? ?O RITO BRASILEIRO? ? A cargo do Pod.: Secr.:
Adj.: Ir.: Ciro Henrique Possidônio
11h00 ? 11h15 ? Perguntas e respostas.
11h20 ? 12h00 ? ?O RITO ESCOCÊS A.: E ACEITO? ? A cargo do Pod.:
Secr.: Adj.: Ir.: Guivalde Bononi
12h00 ? 12h15 ? Perguntas e respostas.
12h15 ? 13h15 ? Intervalo para ?brunch?
13h20 ? 14h00 ? ?O RITO MODERNO? ? A cargo do Pod.: Secr.:
Adj.: Ir.: Paulo Silas Castro de Oliveira
14h00 ? 14h15 ? Perguntas e respostas.
14h20 ? 15h00 ? ?O RITO DE SCHROEDER? ? A cargo do Pod.: Secr.:
Adj.: Ir.: Gerry Lingfield
15h00 ? 15h15 ? Perguntas e respostas.
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Maçonaria x Religião
Postado Sexta-feira, 04 Maio, 2007 as 11:54 PM pelo Ir:. Petri
Categoria Artigos (RSS), Historia (RSS), Humor (RSS)
Porque um católico não pode ser maçom?
Postado Quinta-feira, 03 Maio, 2007 as 8:19 PM pelo Ir:. Julio Cesar Morganti
Porque um católico não pode ser maçom?
http://www.acidigital.com/controversia/catolicomacom.htm
Ao longo de sua história a Igreja Católica condenou e desaconselhou seus fiéis à pertença a associações que se declaravam atéias e contra a religião, ou que poderiam colocar em perigo a fé. Entre essas associações encontra-se a maçonaria. Atualmente, a legislação se rege pelo Código de Direito Canônico promulgado pelo Papa João Paulo II em 25 de janeiro de 1983, que em seu cânon 1374, afirma: "Quem ingressa em uma associação que maquina contra a Igreja deve ser castigado com uma pena justa; quem promove ou dirige essa associação deve ser castigado com entredito".
Esta nova redação, entretanto, apresenta duas novidades em relação ao Código de 1917: a pena não é automática e não é mencionado expressamente a maçonaria como associação que conspire contra a Igreja. Prevendo possíveis confusões, um dia antes de entrar em vigor a nova lei eclesiástica no ano de 1983, foi publicada uma declaração assinada pelo Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Nela se apresenta que o critério da Igreja não sofreu variação em relação às anteriores declarações, e a nominação expressa da maçonaria foi omitida para assim incluir outras associações. É indicado, juntamente, que os princípios da maçonaria seguem sendo incompatíveis com a doutrina da Igreja, e que os fiéis que pertençam a associações maçônicas não podem ter aceder à Sagrada Comunhão.
Neste sentido, a Igreja condenou sempre a maçonaria. No século XVIII, os Papas o fizeram com muito mais força, e no XIX persistira nisto. No Código de Direito Canônico de 1917 eram excomungados os católicos que fizessem parte da maçonaria, e no de 1983 o cânon da excomunhão desaparece, junto com a menção explícita da maçonaria, o que pôde criar em alguns a falsa opinião de que a Igreja por pouco aprovaria a maçonaria.
É dificil encontrar um tema - explica Federico R. Aznar Gil, em seu ensaio La pertenencia de los católicos a las agrupaciones masónicas según la legislación canónica actual (1995) - sobre o qual as autoridades da Igreja Católica tenham se pronunciado tão reiteradamente com no caso da maçonaria: desde 1738 a 1980 conservam-se não menos de 371 documentos, aos quais deve-se acrescentar abundantes intervenções dos dicastérios da Cúria romana e, a partir sobretudo do Concílio Vaticano II, as não menos numerosas declarações das Conferencias Episcopais e dos bispos de todo o mundo. Tudo isto está indicando que nos encontramos frente a uma questão vivamente debatida, fortemente sentida e cuja discussão não pode se considerar fechadas.
Quase desde a sua aparição, a maçonaria gerou preocupações na Igreja. Clemente XII, "In eminenti", havia condenado a maçonaria. Mais tarde, Leão XIII, em sua encíclica "Humanum genus", de 20 de abril de 1884, a qualificava de organização secreta, inimigo astuto e calculista, negadora dos princípios fundamentais da doutrina da Igreja. No cânon 2335 do Código de Direito Canônico de 1917 estabelecia-se que "aqueles que dão seu nome à seita maçônica, ou a outras associações do mesmo gênero, que maquinam contra a Igreja ou contra as potestades civis legítimas, incorrem ipso facto em excomunhão simplesmente reservada à Sede Apostólica".
O delito - segundo Federico R. Aznar Gil - consistia em primeiro lugar em dar o nome ou inscrever-se em determinadas associações. (...) Em segundo lugar, a inscrição devia se realizar em alguma associação que maquinasse contra a Igreja: se entendia por maquinar "aquela sociedade que, em seu próprio fim, exerce uma atividade rebelde e subversiva ou as favorecesse, quer pela própria ação dos membros, quer pela propagação da doutrina subversiva; que de forma oral ou por escrito, atua para destruir a Igreja, isto é, sua doutrina, autoridades em quanto tais, direitos, ou a legítima potestade civil". (...) Em terceiro lugar, as sociedades penalizadas eram a maçonaria e outras do mesmo gênero, com o qual o Código de Direito Canônico estabelecia uma clara distinção: enquanto o ingresso na maçonaria era castigado automaticamente com a pena de excomunhão, a pertença a outras associações tinha que ser explicitamente declarada como delitiva pela autoridade eclesiática em cada caso. Os motivos que argumentava a Igreja católica para sua condenação à maçonaria eram fundamentalmente: o caráter secreto da organização, o juramento que garantia esse caráter oculto de suas atividades e os pertubadores complôs que a maçonaria empreendia contra a Igreja e os legítimos poderes civis. A pena estabelecia diretamente a excomunhão, estabelecendo-se também uma pena especial para os clérigos e os religiosos no cânon 2336.
Também recordavam as condições estabelecidas para proceder à absolvição desta excomunhão, que consistiam no afastamento e a separação da maçonaria, reparação do escândalo do melhor modo possível, e cumprimento da penitência imposta. As conseqüências da excomunhão incluiam, por exemplo, a privação de sepultura eclesiática e de qualquer missa exequial, de ser padrinho de batismo, de confirmação, de não ser admitidos no noviciado, e o conselho - no caso das mulheres - de não contrair matrimônio com maçons, assim como a proibição ao pároco de assistir núpcias sem consultar o Ordinário.
A partir da celebração do Concílio Vaticano II, um incipiente diálogo entre maçons e católicos fez com que a situação começasse a mudar. Alguns Episcopados (França, Países Escandinavos, Inglaterra, Brasil ou Estados Unidos) começaram a revisar a atitude frente a maçonaria; por um lado revendo na história os motivos que levaram a Igreja a adotar essa atitude condenadora, tais como sua moral racionalista maçônica, o sincretismo, as medidas anticlericais promovidas e defendidas pelos maçons; e por outro lado, foi questionado que se pudesse entender a maçonaria como um bloco único, sem levar em conta a cisão entre a maçonaria regular, ortodoxa e tradicional, religiosa e aparentemente apolítica, e a segunda, a irregular, irreligiosa, política, heterodoxa.
Estes motivos e as mais ou menos constantes petições chegadas de várias partes do mundo a Roma, diálogos e debates, fizeram com que, entre 1974 e 1983, a Congregação para a Doutrina da Fé retomasse os estudos sobre a maçonaria e publicasse três documentos que supuseram uma nova interpretação do cânon 2335. Neste ambiente de mudanças, não é de se estranhar que o cardeal J. Krol, arcebispo de Filadélfia, perguntasse à Congregação para a Doutrina da Fé se a excomunhão para os católicos que se afiliavam à maçonaria seguia estando em vigor. A resposta a sua pergunta foi dada por seu Prefeito, em uma carta de 19 de julho de 1974. Nela é explicado que, durante um amplo exame da situação, tinha-se dado uma grande divergência nas opiniões, segundo os países. A Sede Apostólica acreditava oporutno, conseqüentemente, elaborar uma modificação da legislação vigente até que se promulgasse o novo Código de Direito Canônico. Advertia-se, entretanto, na carta, que existiam casos particulares, mas que continuava a mesma pena para aqueles católicos que dessem seu nome a associações que realmente maquinassem contra a Igreja. Enquanto que para os clérigos, religiosos e membros de institutos seculares a proibição seguia sendo expressa para a sua afiliação em qualquer associação maçônica. A novidade nesta carta residia na admissão, por parte da Igreja católica, de que poderiam existir associações maçônicas que não conspirassem em nenhum sentido contra a Igreja nem contra a fé de seus membros.
As dúvidas não tardaram em surgir: qual era o critério para verificar se uma associação maçônica conspirava ou não contra a Igreja?; e que sentido e extensão devia se dar a expressão conspirar contra a Igreja?
O clima generalizado de aproximação entre as teses de alguns católicos e maçons foi quebrado pela declaração de 28 de abril de 1980 Conferência Episcopal Alemã sobre a pertença dos católicos à maçonaria. Como aponta Federico R. Aznar Gil, a declaração explicava que, durante os anos de 1974 e 1980, foram se mantendo numerosos colóquios oficiais entre católicos e maçons; que por parte católica tinham sido examinados os rituais maçônicos dos três primeiros graus; e que os bispos católicos tinham chegado à conclusão de que havia oposições fundamentais e insuperáveis entre ambas as partes: "A maçonaria - diziam os bispos alemães - não mudou em sua essência. A pertença à mesmas questiona os fundamentos da existência cristã. (…) As principais razões alegadas para isso foram as seguintes: a cosmologia ou visão de mundo dos maçons não é unitária, mas relativa, subjetiva, e não pode se harmonizar com a fé cristã; o conceito de verdade é, também, relativista, negando a possibilidade de um conhecimento objetivo da verdade, o que não é compatível com o conceito católico;
Também o conceito de religião é relativista (…) e não coincide com a convicção fundamental do cristão, o conceito de Deus simbolizado através do "Grande Arquiteto do Universo" é de tipo deístico e não há nenhum conhecimento objetivo de Deus no sentido do conceito pessoal de Deus do teísmo, e está impregnado de relativismo, o qual mina os fundamentos da concepção de Deus dos católicos (…).
Em 17 de fevereiro de 1981, a Congregação para a Doutrina da Fé publicava uma declaração que afirmava de novo a ex-comunhão para os caltólicos que dessem seu nome à seita maçônica e a outras associações do mesmo gênero, com o qual a atitude da Igreja permanece invariável, e invariável permanece ainda em nossos dias.